Com a chegada da estiagem, o aumento das temperaturas e diminuição da umidade relativa do ar, costuma-se dizer no sertão que está iniciada a temporada de incêndios. Além desses fatores naturais, uma prática que intensifica esses eventos, que às vezes causam impactos de proporções catastróficas, são as chamadas queimas de broca.
Uma atividade ainda meio rudimentar, desenvolvida pelo homem do campo, que consiste na derrubada da vegetação e consequente queimada para o preparo do solo visando o cultivo no ano seguinte, com a chegada do inverno.
Diante do quadro, aconteceu na terça-feira, no Sindicato Rural de Cajazeiras, uma reunião com representantes da divisão geoadministrativa denominada de Território do Alto Sertão, formado pelos municípios de Cajazeiras, Bom Jesus, Bonito de Santa Fé e Cachoeira dos Índios, para tratar da temática, buscando mecanismos de conscientização para a prática das queimadas e, por conseguinte, prevenção de incêndios que, no passado, por exemplo, destruíram imensas áreas de nossa vegetação.
Ainda participaram do encontro, o comando do 5º BCB sediado em Cajazeiras, da EMPAER, presidentes de associações comunitárias, além dos representantes dos Conselhos do Desenvolvimento Rural Sustentável desses municípios.
Bom Jesus esteve representando por Jocerlan Guedes, que preside o CMDRS. Para ele, o evento foi muito importante e mostrou que as autoridades estão preocupas com este assunto.
Quanto às queimadas, ele reconhece que não é algo fácil de ser combatido, mas existe muito cuidado por parte de quem ainda recorre a esta prática. "Infelizmente, essa ainda é uma questão cultural em meio aos agricultores e nos cabe a orientação sobre a forma de evitar acidentes", observou.